quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

MANIFESTO SOCIAL



Graça e Paz da parte D’aquele que era, e que há de vir, “por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e derreterão. Nós, porem, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.
No propósito de declarar nossa consciência de que a vida nos apresenta desafios para que sejamos dignos de ser chamado evangélico, o Movimento Evangélico Progressista – MEP Apresenta o seguinte pronunciamento social:

1.    RECONHECEMOS:
                      I.        DEUS é o principio e o fim de todas as coisas, Poe Ele e para Ele todas as coisas foram criada e subsiste.
                    II.        A vida dos homens e dos povos não tem sentindo se não for vivida segundo o propósito de Deus, no poder de sua Graça, sob o juízo constante de sua Palavra e no pleno reconhecimento de Sua soberania.
                   III.        Criado em Cristo, à imagem e semelhança de Deus, todos os seres humanos são fundamentalmente iguais e essa igualdade deve ser manifesta no respeito aos direitos e às oportunidades para todos.
                  IV.        Todas as formas de opressão religiosa, política, ou econômica, todas as formas de discriminação racial, todas restrições à liberdade de pensamento e de expressão, são igualmente odiosas e contrarias a fé cristã.
                   V.        Nenhuma ordem social é inteiramente cristã. Aproxima-se mais desse ideal aquela em que os direitos e deveres dos cidadãos forem mantidos em justo equilíbrio, em que for garantido a todos o pleno desenvolvimento de suas potencialidades para a realização do bem comum.

2.    NOSSA INSERÇÃO DECLARADA E ASSUMIDA.
Em voto, perene, na tradição cristã nos habilita à herança da promessa feia a Abraão, e nos atribui as responsabilidades correspondentes, de construir uma grande nação onde sejam benditas todas as famílias e todo ser humano tenha os meios e oportunidades de ser uma benção. Essas responsabilidades devem ser assumidas nas situações concretas em que vivemos.

Assim, é nosso dever:
                   I.        Denunciar, por atos e palavras, como e perigoso o sistema que consagra os valores econômicos como valor maior a ser buscado pelo ser humano e convalida todos os meios de alcançar a prosperidade, inclusive a divisão definitiva e irrevogável da sociedade entre poderosos e excluídos.
                  II.        Engajar-nos, a qualquer preço, pela nossa vida e testemunho, na luta para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos seja praticada, reconhecida como providencia divina para que os seres homens vivam em união.
                 III.        Participar, ativa e intercessoriamente, da luta pela prevenção dos meios naturais, reconhecendo na degradação da natureza obra demoníaca.
                IV.        Reconhecer, no trabalho manual ou intelectual, a possibilidade humana de participação na obra criadora de Deus, que, como  tal, deve ter preservadas as oportunidades de seu exercício em condições de justiça e  dignidade.

3.    NOSSO COMPROMISSO:
Identificar no agudo sofrimento dos injustiçados, nos gemidos dos maltratados e no clamor dos excluídos a ordem divina e, inequivocamente, clara que sejamos sinais de esperança entre aqueles que, com destemor e coragem, lutam:
- Contra qualquer forma de desrespeito aos Direitos Humanos.
- Contra o sistema econômico que aprofunda, cada vez mais, o abismo que separa palácios e barracos, misérias degradantes e exibição acintosa de opulência, ao legitimar os meios de se obter lucros abundantes em detrimento de oportunidades de emprego;
- Contra discursos  que, por equivoco desonestidade, vem sistematicamente destruído todas as nações de patrimônio ao disseminar com diabólica insistência a ideia de que vale a pena destruir ecossistema inteiro, jazidas cujo valor para o futuro da nação é incalculável, tecnologias acumuladas durante décadas, para transformar tudo em dinheiro que costuma escoar-se pelos ralos da corrupção;
- A favor de uma reforma agrária tão ampla e tão completa quanto o exigem a vastidão de nosso país e as dimensões de nossa degradante miséria, para que a terra cumpra o propósito divino segundo o qual o homem deve tirar da terra o seu sustento;
- A favor da participação cada vez maior do cidadão, nesta condição, na gestão dos bens sociais a fim de que se destrua a absurda afirmação tácita de que alguns seres humanos foram feitos para mandar e a maioria para obedecer, e outros ainda para exclusão, vivendo alijados do processo, alimentando-se das migalhas que caem das mesas dos primeiros.

Obs.:
a)    A base teológica deste texto reproduz o manifesto social da Igreja Presbiteriana do Brasil, com redução feita pelo redator.
b)    O único objetivo deste texto é servir de rascunho para documento que deverá ser aprovado concomitantemente com o estatuto do MEP.
c)    Pretendi organizá-lo assim:
1.    Base teológica;
2.    Pressupostos  que legitimam nosso direito de identificação como evangélicos;
3.    Idem, idem, como progressistas.


ATENÇAO: Este é um dos textos históricos do MEP.

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