Graça
e Paz da parte D’aquele que era, e que há de vir, “por causa do qual os céus,
incendiados, serão desfeitos, e derreterão. Nós, porem, segundo a sua promessa,
esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.
No propósito
de declarar nossa consciência de que a vida nos apresenta desafios para que
sejamos dignos de ser chamado evangélico, o
Movimento Evangélico Progressista – MEP Apresenta o seguinte pronunciamento
social:
1.
RECONHECEMOS:
I.
DEUS
é o principio e o fim de todas as coisas, Poe Ele e para Ele todas as coisas
foram criada e subsiste.
II.
A vida
dos homens e dos povos não tem sentindo se não for vivida segundo o propósito de
Deus, no poder de sua Graça, sob o juízo constante de sua Palavra e no pleno
reconhecimento de Sua soberania.
III.
Criado
em Cristo, à imagem e semelhança de Deus, todos os seres humanos são
fundamentalmente iguais e essa igualdade deve ser manifesta no respeito aos
direitos e às oportunidades para todos.
IV.
Todas
as formas de opressão religiosa, política, ou econômica, todas as formas de
discriminação racial, todas restrições à liberdade de pensamento e de
expressão, são igualmente odiosas e contrarias a fé cristã.
V.
Nenhuma
ordem social é inteiramente cristã. Aproxima-se mais desse ideal aquela em que
os direitos e deveres dos cidadãos forem mantidos em justo equilíbrio, em que
for garantido a todos o pleno desenvolvimento de suas potencialidades para a
realização do bem comum.
Em
voto, perene, na tradição cristã nos habilita à herança da promessa feia a
Abraão, e nos atribui as responsabilidades correspondentes, de construir uma
grande nação onde sejam benditas todas as famílias e todo ser humano tenha os
meios e oportunidades de ser uma benção. Essas responsabilidades devem ser
assumidas nas situações concretas em que vivemos.
I.
Denunciar, por
atos e palavras, como e perigoso o sistema que consagra os valores econômicos como
valor maior a ser buscado pelo ser humano e convalida todos os meios de
alcançar a prosperidade, inclusive a divisão definitiva e irrevogável da
sociedade entre poderosos e excluídos.
II.
Engajar-nos, a
qualquer preço, pela nossa vida e testemunho, na luta para que a Declaração Universal dos Direitos Humanos
seja praticada, reconhecida como providencia divina para que os seres homens
vivam em união.
III.
Participar, ativa
e intercessoriamente, da luta pela prevenção dos meios naturais, reconhecendo
na degradação da natureza obra demoníaca.
IV.
Reconhecer, no
trabalho manual ou intelectual, a possibilidade humana de participação na obra
criadora de Deus, que, como tal, deve
ter preservadas as oportunidades de seu exercício em condições de justiça
e dignidade.
3.
NOSSO COMPROMISSO:
Identificar no agudo
sofrimento dos injustiçados, nos gemidos dos maltratados e no clamor dos excluídos
a ordem divina e, inequivocamente, clara que sejamos sinais de esperança entre
aqueles que, com destemor e coragem, lutam:
- Contra qualquer forma de
desrespeito aos Direitos Humanos.
- Contra o sistema econômico
que aprofunda, cada vez mais, o abismo que separa palácios e barracos, misérias
degradantes e exibição acintosa de opulência, ao legitimar os meios de se obter
lucros abundantes em detrimento de oportunidades de emprego;
- Contra discursos que, por equivoco desonestidade, vem
sistematicamente destruído todas as nações de patrimônio ao disseminar com diabólica
insistência a ideia de que vale a pena destruir ecossistema inteiro, jazidas
cujo valor para o futuro da nação é incalculável, tecnologias acumuladas
durante décadas, para transformar tudo em dinheiro que costuma escoar-se pelos
ralos da corrupção;
- A favor de uma reforma
agrária tão ampla e tão completa quanto o exigem a vastidão de nosso país e as
dimensões de nossa degradante miséria, para que a terra cumpra o propósito divino
segundo o qual o homem deve tirar da terra o seu sustento;
- A favor da participação
cada vez maior do cidadão, nesta condição, na gestão dos bens sociais a fim de
que se destrua a absurda afirmação tácita de que alguns seres humanos foram
feitos para mandar e a maioria para obedecer, e outros ainda para exclusão,
vivendo alijados do processo, alimentando-se das migalhas que caem das mesas
dos primeiros.
Obs.:
a) A
base teológica deste texto reproduz o manifesto social da Igreja Presbiteriana do Brasil, com redução feita pelo redator.
b) O
único objetivo deste texto é servir de rascunho para documento que deverá ser
aprovado concomitantemente com o estatuto do MEP.
c) Pretendi
organizá-lo assim:
1. Base
teológica;
2. Pressupostos
que legitimam nosso direito de
identificação como evangélicos;
3. Idem,
idem, como progressistas.
ATENÇAO: Este é um dos textos históricos
do MEP.